Apesar do pouco tempo dedicado à carreira de cantora, Vó Maria, que neste domingo, 5 de maio, completaria 108 anos, conseguiu um feito inédito como um dos símbolos da representação feminina afro-brasileira na música popular do país. Seu primeiro e único disco lançado “Maxixe não é samba” contou com a participações especiais de Beth Carvalho, Martinho da Vila, Nelson Sargento e Xangô da Mangueira, e foi muito elogiado pela crítica musical.
A partir da sua aparição pública, Vó Maria também foi uma das personalidades responsáveis por mostrar que a idade não é um limite. Ao contrário, é um diferencial quando alguém como ela, com sua voz privilegiada, encantou públicos de diversas gerações. O disco ela gravou aos 92 anos, e, nas celebrações do seu centenário de nascimento, esses e outros atributos foram os que mais chamaram a atenção da mídia ao citar a sua trajetória no meio artístico-musical.
Felizmente, todos os registros materiais da sua longa vida, desde a sua biografia, honrarias como a Medalha da Ordem do Mérito CulturaI, na classe de Comendadora, conferida pela Presidência da República, em 2004, estão preservados em um projeto de acervo digital, em um site dedicado à sua memória, e Vó Maria permanece destacando-se no ambiente cultural do Brasil.